Atualmente
o ser humano está tão acostumado com a correria do dia a dia que se esquece de
prestar atenção nos detalhes que os circundam. Geralmente está condicionado a
fazer o mesmo caminho, a ler o mesmo jornal e se estressar com o trânsito ou com
o trabalho. Mas não podemos esquecer que a vida passa muito rápida e que a
beleza também está nos mínimos detalhes.
Esquecendo
do relógio que bate como um martelo de um juiz obrigando a cumprir tarefas
diárias, podemos refletir qual é o verdadeiro motivo de estar vivo. Mas, será
que viver é somente nascer, crescer se reproduzir e morrer? Acredito que a vida
seja muito mais do que a ciência explica, mesmo porque nem tudo o homem consegue
uma explicação.
A relação
entre o homem e os animais deve ser amplamente discutida, pois infelizmente a
maioria das pessoas não se sensibiliza pela causa animal. Os animais, assim
como todos os seres humanos têm a percepção do que acontece ao seu redor,
sentem dor, sentem saudade e pensam. São seres sencientes. E mesmo já tendo
comprovação de todos esses valores, por que ainda existe tanta crueldade com os
animais? Será que realmente é necessário expor um animal a dor, ao sofrimento,
a fome, privando ele da sua liberdade e de expressar seu comportamento natural,
em busca de outra causa que beneficie somente os homens?
Enquanto
o ‘ser humano’ achar que é a espécie superior, e que tem o direito sobre todas
as outras coisas, não haverá progressão. E progredir não diz respeito somente a
dinheiro, sucesso e bens materiais, mas sim a evolução com um ser vivo que tem
amor ao próximo, que quer espalhar o bem e espantar os maus sentimentos, nunca
perdendo a fé e a esperança.
No meio
de tantas pessoas é comum opiniões divergirem, existem aqueles que são a favor
dos testes em animais, aqueles que são contra ao veganismo, aqueles que acham
ignorância fazer touradas e rodeios, e aqueles que simplesmente não tem opinião
formada com as causas animais.
Em
relação aos testes em animais, hoje em dia com toda tecnologia de ponta, e
grandes feiras de inovação é primitivo que ainda se use animais vivos como
cobaias em vacinas, medicamentos e principalmente em cosméticos. Por um lado,
todo esse discurso já gerou uma demanda em busca de produtos que não são
testados em animais, fazendo as industrias repensarem nos seus métodos e
atenderem ao novo mercado que vem surgindo. Nos países mais desenvolvidos, como
os Europeus, esta prática já vem sendo aplicada por mais tempo.
É uma
grande conquista para os ativistas colocar no mercado produtos livres de dor e
sofrimento. Um batom onde não gerou cegueira para um coelho ou um xampu que não
deteriorou a pele de um cachorro, ou um produto que não matou e muito menos fez
um macaco convulsionar por horas, faz a consciência de qualquer consumidor que
se preocupa com a causa animal ficar tranqüila.
O bem
estar nos animais de produção é outra preocupação daqueles que se comovem com
os mesmos, em sua maioria aqueles que não comem a carne são os que batem em
cima de um abate livre de dor e sofrimento. O próprio consumidor muitas vezes
não está preocupado em saber se o produto consumido foi feito de forma
humanitária.
O mesmo
acontece com os animais ditos de “lazer”, será que o peixe gosta de ser fisgado
e ser furado na pesca esportiva? Ou que o boi se sente bem em ser apertado e
pular numa arena? Ou será que cervos gostam de levar tiros na caça? Não é
necessário ser bom entendedor para responder essas perguntas. O ser humano
precisa entender, que não precisa do desconforto e morte do outro para se divertir,
existem outras formas de sorrir, festejar sem que a vida de um animal seja
acometida.
O
respeito com os animais é mais que cultural e religioso. As pessoas precisam
entender e sentir a dor do outro, incorporar o sentimento de paz e ter amor
para compreender que uma vida não vele mais que a outra. Tudo é criação de
Deus, e tudo tem valor. Todos estamos de passagem por essa vida, e só nos resta
escolher os caminhos que seguiremos, e se estamos fazendo alguma diferença na
vida de outros. Não podemos salvar o mundo inteiro, mas o mundo daqueles que
você ajuda pode ser salvo com simples gestos.
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Foto: Arquivo Pessoal |
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